Sociedade, educação arcaica, Seja no Brasil ou na Jamaica, Educa o homem, pura balela, O homem é fruto de uma favela. A favela diretriza, molda, Faz crescer, conceitua, Adolesce, cresce, Mostra a vida crua..., enaltece. Mesmo sendo curta, À vida enobrece, Padrão monetário..., prevalece, Mesmo sendo otário, Que pouco a vida curta, O prazer de um moleque, Ceifa a vida de um homem, Que mesmo não sendo celebridade, Seria ao menos um belo operário. Mas a favela se impõe, Pela força contra o Estado, A guerra de idéias se esquece, E a agressão vem de ambos os lados. Antes era no morro, Hoje é também no asfalto, Favela era coisa de pobre, Hoje é coisa de esperto, Pois o povo trabalha, Mas quem tem dinheiro, é o certo. Então, de que vale ser sociável? Se o conceito que tinha, Onde o centro era a coletividade, Dá-nos o exemplo o político, Que parecendo ser amigável, Usa o voto que dei, Em acertos com quem não votei, Deixando de lado a sociedade, O estado se divide, E a ganância prevalece, Seja na comunidade do morro, Ou no asfalto, hoje favela, Quem não morre, sobrevive, Nesta sociedade paralela. 581x1t
Fonte: Brasil Escola - /artes/poesia-sociedade-paralela.htm