Como se Caracterizou o Mercantilismo? O Que Tratava a Teoria da Fisiocracia? Quem Foram os Principais Defensores do Liberalismo? Qual a Importância de John M. Keynes Para a Macroeconomia? Qual o Foco da Análise de David Ricardo? 2a3k40
Sabe-se que algumas das principais funções da Economia é descrever, analisar, explicar e correlacionar o comportamento da produção, do desemprego, dos preços e outros fenômenos semelhantes. E, para que tudo isso tenha significado, é necessário que essas descrições sejam mais do que narrativas separadas, devendo estabelecer um padrão sistemático a fim de constituir a verdadeira análise. Para isso, é preciso recorrer a alguns episódios que ocorreram no ado que servem de parâmetros explicativos para as ocorrências dos dias atuais e, diante disso, é importante conhecermos a origem do pensamento econômico.
O Mercantilismo
Conforme Rossetti (2000), em períodos anteriores, a atividade econômica do homem era tratada e estudada como parte integrante da Filosofia Social, da Moral e da Ética e dos costumes individuais. A atividade econômica orientava-se de acordo com alguns princípios gerais de ética, justiça e igualdade. Os conceitos de troca, em Aristóteles, e preços justos, em São Tomás de Aquino, a condenação dos juros ou da usura, encontravam sua justificativa em termos morais, não existindo um estudo sistemático das relações econômicas. A partir do século XVI, assistimos o surgimento da primeira escola econômica – o Mercantilismo – o qual se constituiu um momento de forte evidência da intervenção do Estado na Economia. As premissas básicas dessa escola do pensamento econômico são:
Naquela época, havia a crença de que a riqueza das nações estava na quantidade de ouro e prata que possuíam e que poderiam acumular. Por essa razão, o principal objetivo dos portugueses e dos espanhóis no continente americano era o de descobrir fontes de ouro e prata. Mas, como aconteceu na América, nem sempre era possível achar o metal precioso para abastecimento dos cofres dos Estados europeus. E a saída era acumular ouro e prata através do comércio, que recebeu uma série de características para atender essa necessidade. Essa era uma outra alternativa viável na época.
O Liberalismo
Trata-se da teoria de maior destaque entre as que tentaram justificar a organização da sociedade industrial capitalista e, seus principais pensadores foram Adam Smith e David Ricardo. Sua principal ideia era a liberdade desassociada completamente do controle e a regulação em excesso advinda do governo na Economia a fim de assegurar as condições da produção de mercadorias. A questão é: até que ponto a não participação do Estado permite uma condição de sustentabilidade econômica? Os próprios pensadores do liberalismo divergiam entre si e acredita-se haver muito mais questões envolvidas do que simplesmente o equilíbrio econômico. As principais ideias de Adam Smith eram a teoria do “deixai fluir livremente” (laissez-faire), uma política econômica liberal que estimulava a competição e condenava o controle e a regulação excessiva do governo na economia. Segundo Fontes (2010), uma de suas ideias liberais mais divulgadas refere-se à mão invisível, metáfora criada por ele. O sistema de mercado age como uma mão invisível, pois nele as ações individuais e egoístas dos agentes econômicos resultam nos melhores resultados do ponto de vista da sociedade como um todo. Significa que, mesmo quando o indivíduo busca apenas o seu próprio interesse, os resultados acabam gerando benefícios para a coletividade.
Ainda de acordo com Fontes (2010), a competição é o principal mecanismo do sistema de mercado, impondo naturalmente certa disciplina aos diversos agentes econômicos. Por exemplo, se um vendedor quiser comercializar um produto por um preço acima do que o mercado deseja comprar, ele não encontrará comprador. Ou, se um trabalhador exigir um salário acima do praticado pelo mercado, ele continuará desempregado. Smith (economista e filósofo escocês) foi o que mais contribuiu para a moderna percepção da economia de livre mercado. Segundo seu livro mais importante, uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações, publicado em 1776, a riqueza das nações e dos indivíduos em geral era fruto de interesses próprios (self-interest), sendo que o bem que todos os indivíduos proporcionam não são auto percebidos.
FONTES, R. Economia: um enfoque básico e simplificado. São Paulo: Atlas, 2010.
FARINA, E. M. ; AZEVEDO, P. F. ; SAES, M. S. Competitividade: Mercado, Estado e Organizações. São Paulo: Editora Singular, 2000.
MENDES, J. T. G. Economia: fundamentos e aplicações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
MOCHÓN, F. Princípios de economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
JULIO CESAR S. SANTOS
Professor, Jornalista e Escritor. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e istração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico
Fonte: Brasil Escola - /economia-financas/as-escolas-do-pensamento-economico.htm