Sei lá, 1r182s
não sei de nada
e não quero falar.
O meu silêncio é inocente,
vítima de uma paixão dormente,
mas carente que um demente,
estou doente, infelizmente.
Será que toda essa gente sabe o que sente?
Sabe lá o que é morrer de amor;
talvez o Álvares de Azevedo com sua dor
e o Castro Alves nas asas de um condor.
Eu sou ator, finjo ser cantor;
cantando e contando paixões sofridas,
vividas e revividas nessa vida,
tão falida de Deus meu,
mas se era pra ser assim
era pra avisar e ter pena de mim
pobre homem querubim,
que vive no mato que nem curumim
Aí de mim, aí de mim!
Fonte: Brasil Escola - /poemas-poesias/nao-me-pergunte.htm